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24/01/2014Cruzeiro entrará com ação judicial contra torcidas organizadas em fevereiro

O Cruzeiro segue implacável no combate às torcidas organizadas que, em 2013, levaram o clube algumas vezes ao STJD e impossibilitaram a festa do título após partida contra o Bahia. Depois de impedir que membros entrassem na cerimônia de comemoração dos 93 anos da entidade e acenar com novas restrições, o clube deve mesmo acionar a justiça para impedir em definitivo o uso de nome e marca por parte desses grupos.

“O Conselho determinou que tenhamos essa postura, para que defendamos as marcas do clube. O nome e marca do clube não podem ser confundidos com nome e marca de torcida organizada. Tomaremos providência nesse sentido”, explicou o diretor jurídico do Cruzeiro, Fabiano de Oliveira Costa, ao portal Superesportes.

Em 2013, a situação se tornou insustentável devido, supostamente, à rivalidade entre Máfia Azul e Pavilhão Independente. Houve graves brigas nos arredores do Mineirão e, também, na Arena Independência, antes do clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG.

O Cruzeiro entende que, para evitar que as organizadas ostentem as marcas do clube, é imprescindível uma proibição judicial.

“Do ponto de vista legal, o que nos cabe é exatamente entrar como uma ação judicial e pedir que o juiz dê uma ordem judicial que impeça essa utilização de marca e nome. A intenção é obter decisão judicial, impedindo que as torcidas organizadas utilizem a marca do clube. É imprescindível uma decisão judicial nesse sentido”, acrescentou.

Quem descumprir a medida será submetido à multa e poderá até mesmo sofrer busca e apreensão. Mas a medida é extensiva a todo e qualquer tipo de pessoa que utilizar a marca do clube sem autorização, inclusive aqueles que confeccionam uniformes não oficiais. “O direito de uso de marca e do nome é um direito do clube, não de torcidas organizadas. Todas as pessoas que comercializem uniformes de torcida, fabriquem uniforme do time que não seja licenciado, que utilizem a marca de uma maneira não autorizada, estão sujeitas a esse tipo de decisão”, destacou Fabiano de Oliveira Costa.

O Ministério Público de Minas Gerais já proibiu as torcidas Máfia Azul e Pavilhão Independente de entrarem caracterizadas no Mineirão. A primeira partida do Cruzeiro em 2014 será em casa, no próximo domingo (26), diante da URT. A expectativa da diretoria é de que a medida seja respeitada já neste jogo.

“Para este jogo, esperamos que a decisão do Ministério Público seja cumprida, que as torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente já estejam impedidas de utilizar esses uniformes no Mineirão. Mas o pedido do Cruzeiro que será feito no início de fevereiro tem uma abrangência um pouco maior. Essa abrangência é a vedação de uso em qualquer hipótese, não só no Mineirão. Em qualquer lugar, é uma utilização indevida da marca”, ressaltou o diretor jurídico.

Há poucos dias, o presidente Gilvan de Pinho Tavares revelou que os atletas do clube também estão proibidos de ostentar qualquer material que faça alusão às organizadas. Recentemente, o atacante Marcelo Moreno, na chegada à BH, teve um boné da Máfia Azul posto na cabeça enquanto era recepcionado por uma multidão de torcedores no Aeroporto Internacional de Confins.

Fonte: www.yahoo.com.br

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